tenho pavor dos clichés. tenho pavor de cair neles ou até mesmo de me tornar num. o cliché é uma espécie de pro forma para nos facilitar a vida e a comunicação. dizemos que adoramos crianças ou cinema, que o robert de niro é o nosso actor preferido e que também nos emocionamos. dizemos que adoramos música clássica e que apesar de não gostarmos de fado admiramos a amália. arranjamos desculpas constantes para a nossa vida miserável e dizemos aquilo com um ar tão profundo que até parece que acreditamos na idiotice que estamos a vomitar. somos consumidos por esta merda todos os dias e nem nos apercebemos.
um dos clichés mais comuns no cinema é “as pessoas são assim blá blá blá porque se sentem sós”. ora, isto não é senão arranjarmos uma desculpa fácil para o facto de não termos valores, termos perdido a esperança, o interesse ou o entusiasmo. estamos entediados e deprimidos. prefere-se atribuir as culpas à solidão porque assim está o assunto resolvido e escusamos de ter o trabalho de compor aquilo que andamos a destruir à medida que vamos crescendo. tratamo-nos mal para facilitar a sociabilização e o progresso e para isso inventamos redes sociais, memórias e opiniões. mas, na verdade, estamos apenas com uma terrível crise identitária e dominados pela preguiça. já não sabemos o que andamos aqui a fazer ou para quê; o que está certo ou errado; o que é bom ou mau. agonizamos e descartamos tudo na solidão. nós, todos, um cliché.
O meu actor preferido é o De Niro. Não gosto de fado, mas admiro a Amália. E as criancinhas são maravilhosas. Têm a pela fofinha e deliciosamente estaladiça, se o forno for de lenha.
Subscrevo.
Totalmente.
Tal como o Funes, o meu actor preferido é o De Niro, odeio o fado, admiro a Amália. Só não concordo no que diz respeito às criancinhas. Acho que se deve apagar o forno mal elas deixem de guinchar. E tal como no pato à moda de Pequim, a pele estaladiça é fundamental.
Chuta aí mais um cliché só para conferir se eu também »clicho«.
Post Scriptum: Ontem mereceste ganhar.
Funes, o plagiador, só não paga direitos de autor a J. swift, porque ele não registou.
A piada dos bébes foi a propósito de solucionar a fome da Irlanda
Os gatos fedorentos, tem um bom sketch sobre funerais e frases feitas alusivas.
se puderes postar – vai ao youtube e…
Ainda bem ke abordas este tema. O irmão gemeo de Charlie não existia, certo? Era ele a imaginar que se escrevesse filmes para o Rambo era mais feliz. Quer dizer estamos perante um filme de Kaufman, o irmao gemeo é aquela imaginação de puto, que quando morre, faz com ke a pessoa se descubra, certo?
A sério, não pode ser de outra maneira, não é?
E outra coisa, nao é possivel tirar aquele pó verde da orquidea:-) Esta é para a tanga, a outra é ke me interessa, o irmao gemeo é imaginaçao, e assim sendo, metade das ocorrencias são apenas mentais, hum?
Ficarás com essa dúvida Privada… muahahahahahahah!