talvez tenha sido no século XVII que a ideia de deus se começou a modificar no sentido que conhecemos hoje. a ideia que uma sociedade faz de deus não é uma vontade deste, mas sim do espírito da época. o deus da época medieval é um deus impiedoso; o deus dos tempos modernos é misericordioso. mas, a verdade é que deus é aquilo que a nossa consciência faz dele e, no fundo, é isso a fé – a nossa consciência religiosa. deus está sempre lá, seja como for.
acredito num deus que está sempre a meu lado. não me interrogo muito sobre se este é bom ou mau. interrogo-me, sim, sobre as particularidades da sua criação, sobre o sentido da virtude e do pecado, sobre, enfim, os seus desígnios que são, também, os meus. nada condiciona a minha consciência religiosa, a não ser eu próprio porque o pior inimigo do homem é ele mesmo.
Também não sei se é bom ou mau. Mas há umas alturas em que é mesmo grande.
Olhameste…