Subo a José Malhoa (avenida, em Lisboa tudo é avenida) e passo em frente a um Hotel. À porta, duas pessoas despedem-se enquanto o táxi aguarda. Reconheço a língua por algumas palavras e pela fonética. Mas não é para falar das minhas extraordinárias qualidades cognitivas que escrevo… A bem dizer, até é. Pois não foi nada difícil perceber que a mulher é portuguesa. A acentuação, a moleza nos r’s e o excessivo anasalamento de consoantes já por si anasaladas. Talvez não seja uma característica geral. Talvez sejam mesmo os lisboetas e a sua linguagem com falta de sotaque. Aquilo não é sotaque, é displicência.
sem sotaque
Setembro 23, 2010 por jorge
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“Excessivo anasalamento”… podia ser uma alentejana de visita por Lisboa.
Os lisboetas têm sotaque? ou era mais calão?
Pois era isso mesmo. Não têm sotaque, são displicentes.
Quanto ao anasalamento, julgo que é uma característica de norte a sul.
Pensei que ias parar no Malhoa.
Continuo à espera.
Não existe sem sotaque…
sotaque é ponto de vista.